Durante os dias 23, 24 e 25 de outubro, a Coordenadora de Inspeção e Normas da SEMED, Aparecida de Cássia e os demais Técnicos Diretoria de Gestão do Sistema de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Henrique Matias e Maria Machado, participaram, em Maceió, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas – UFAL, do I Simpósio Nacional de Educação e Inspeção Educacional.
O Simpósio foi organizado pela Associação de Inspetores Educacionais dos Sistemas Ensino de Alagoas – Asiseal, e teve por objetivo construir um espaço de discussões teórico-práticas, visando estabelecer reflexões acerca da inspeção educacional e da educação em geral, dentro do funcionamento e organização nos sistemas de ensino no Brasil.
No primeiro dia a temática abordada foi Os desafios do Inspetor Educacional como avaliador dos sistemas de ensino no Brasil, abordada pelo professor Eliel de Carvalho – Presidente do CEE/AL e a Professora Maria José Alves Costa – Asiseal.
Inicialmente, o professor Eliel trouxe uma retrospectiva histórica da Inspeção Escolar no Brasil, começando desde os jesuítas, quando, ainda, a classe feminina era proibida de ser alfabetizada. Depois, teceu a era Vargas, onde o Brasil inicia em todos os polos brasileiros com uma escola que obedece ordens, e nessa época, a figura de Inspetor exercia uma função centralizadora e ditadora, que batia o martelo por trás de uma mesa. Em aproximadamente 1970, com a LDB, Lei 5692/71, esse Inspetor Educacional, passa a ir às escolas, compreendendo que a Inspeção escolar vai muito além da Inspeção in loco, muito além de uma Inspeção burocrática.
A Lei 9394/96, veio para enlarguecer a visão do Inspetor Educacional, no sentido de que é necessário a ele, a formação continuada em serviço. “É preciso conhecer normas para falar de normas”. Não vejo Inspeção Escolar sem Conselhos municipais ou estaduais, não vejo Inspeção sem sistema de ensino. Precisamos fortalecer o sistema, mas antes, precisamos fortalecer as pessoas que operam o sistema, destacou o professor Eliel.
Dando continuidade a Professora Maria José, também defendeu a formação continuada, como prática de ação para a melhoria do atendimento educacional, onde o grande desafio, hoje, do Inspetor Educacional é a luta por todos os estudantes, pela garantia do acesso, permanência e sucesso na aprendizagem. Vale salientar, que essa garantia de direitos só se efetiva quando o estudante tem em mãos o seu certificado de conclusão.
Na parte da tarde, foi discutido, em um Minicurso, Os caminhos da Educação pós reforma LDB – 9394/96, com a professora Mestra Rosilânia Macedo – Asiseal, trazendo uma reflexão de que “legislação não é senso comum”. Na oportunidade, a mesma abordou algumas reformas ocorridas na LDB, desde 1996, destacando a reforma do Ensino Médio, com a Lei 13.415/2017.
No segundo dia do Simpósio, foram abordados os temas: A valorização do Inspetor Educacional nos sistemas municipais de ensino, com a Professora Marly Vidinha – Asiseal/UNCME e 200 anos de Alagoas: a Educação em análise, com a professora Ana Cláudia Laurindo – Cientista política e mestre em Educação.
Inicialmente, Marly Vidinha trouxe uma reflexão acerca do profissional Inspetor Educacional, numa perspectiva de que o Inspetor educacional é o profissional que vai muito além de uma fiscalização. Para ela “É necessário saber mediar, intervir e orientar as ações educacionais. Não precisa fazer de tudo. Mas, é necessário entender de tudo, ter uma visão sistémica”.
Assim, o Inspetor deixa de ser percebido como uma figura fiscalizadora, para ser um mobilizador, mediador, assessor, se entendendo membro da equipe educacional.
Em seguida a Professora Ana Claudia, trouxe uma abordagem histórica acerca dos 200 anos de Alagoas, analisando a construção do sistema educacional nesse período, demonstrando que por vezes vivemos presos a obediência dos ditames dos sistemas. Na ocasião, fez uma analogia, comparando os profissionais ao elefante acorrentado por uma pequena corrente, e não percebe o tamanho e a força que tem.
No terceiro dia e último dia, foi abordado o tema Os Sistemas de Ensino no Estado Democrático de Direito: contribuições dos especialistas em educação, com o Professor Dr. João Monlevade – UNB.
Inicialmente trouxe um breve conceito de educação que definiu como um conjunto de processos com o que um grupo de pessoas se apropria da cultura da sociedade, sendo a educação indígena o primeiro modelo de educação. Depois apresentou o conceito de Inspeção Educacional, que é o zelo pelo processo educativo, quanto ao regimento e ao Projeto Político Pedagógico - PPP e o zelo, o cuidado para que a lei seja respeitada.
Finalizou com uma abordagem acerca dos processos educativos, desde a educação indígena aos dias atuais, tecendo uma crítica ao sistema que acabou com os cursos de Nível Médio Magistério. Para ele, “o professor alfabetizador era qualificado a partir do curso normal. Pedagogia é um curso necessário a sua formação, mas sem o magistério o professor não adquire o suporte necessário à alfabetização”.
De acordo com a Coordenadora de Inspeção e Normas, Aparecida de Cássia “o simpósio foi um diferencial para compreendermos que as ações de inspeção educacional acontecem, também, na garantia dos direitos dos estudantes e no cumprimento da legislação em vigor”.
O Simpósio foi organizado pela Associação de Inspetores Educacionais dos Sistemas Ensino de Alagoas – Asiseal, e teve por objetivo construir um espaço de discussões teórico-práticas, visando estabelecer reflexões acerca da inspeção educacional e da educação em geral, dentro do funcionamento e organização nos sistemas de ensino no Brasil.
No primeiro dia a temática abordada foi Os desafios do Inspetor Educacional como avaliador dos sistemas de ensino no Brasil, abordada pelo professor Eliel de Carvalho – Presidente do CEE/AL e a Professora Maria José Alves Costa – Asiseal.
Inicialmente, o professor Eliel trouxe uma retrospectiva histórica da Inspeção Escolar no Brasil, começando desde os jesuítas, quando, ainda, a classe feminina era proibida de ser alfabetizada. Depois, teceu a era Vargas, onde o Brasil inicia em todos os polos brasileiros com uma escola que obedece ordens, e nessa época, a figura de Inspetor exercia uma função centralizadora e ditadora, que batia o martelo por trás de uma mesa. Em aproximadamente 1970, com a LDB, Lei 5692/71, esse Inspetor Educacional, passa a ir às escolas, compreendendo que a Inspeção escolar vai muito além da Inspeção in loco, muito além de uma Inspeção burocrática.
A Lei 9394/96, veio para enlarguecer a visão do Inspetor Educacional, no sentido de que é necessário a ele, a formação continuada em serviço. “É preciso conhecer normas para falar de normas”. Não vejo Inspeção Escolar sem Conselhos municipais ou estaduais, não vejo Inspeção sem sistema de ensino. Precisamos fortalecer o sistema, mas antes, precisamos fortalecer as pessoas que operam o sistema, destacou o professor Eliel.
Dando continuidade a Professora Maria José, também defendeu a formação continuada, como prática de ação para a melhoria do atendimento educacional, onde o grande desafio, hoje, do Inspetor Educacional é a luta por todos os estudantes, pela garantia do acesso, permanência e sucesso na aprendizagem. Vale salientar, que essa garantia de direitos só se efetiva quando o estudante tem em mãos o seu certificado de conclusão.
Na parte da tarde, foi discutido, em um Minicurso, Os caminhos da Educação pós reforma LDB – 9394/96, com a professora Mestra Rosilânia Macedo – Asiseal, trazendo uma reflexão de que “legislação não é senso comum”. Na oportunidade, a mesma abordou algumas reformas ocorridas na LDB, desde 1996, destacando a reforma do Ensino Médio, com a Lei 13.415/2017.
No segundo dia do Simpósio, foram abordados os temas: A valorização do Inspetor Educacional nos sistemas municipais de ensino, com a Professora Marly Vidinha – Asiseal/UNCME e 200 anos de Alagoas: a Educação em análise, com a professora Ana Cláudia Laurindo – Cientista política e mestre em Educação.
Inicialmente, Marly Vidinha trouxe uma reflexão acerca do profissional Inspetor Educacional, numa perspectiva de que o Inspetor educacional é o profissional que vai muito além de uma fiscalização. Para ela “É necessário saber mediar, intervir e orientar as ações educacionais. Não precisa fazer de tudo. Mas, é necessário entender de tudo, ter uma visão sistémica”.
Assim, o Inspetor deixa de ser percebido como uma figura fiscalizadora, para ser um mobilizador, mediador, assessor, se entendendo membro da equipe educacional.
Em seguida a Professora Ana Claudia, trouxe uma abordagem histórica acerca dos 200 anos de Alagoas, analisando a construção do sistema educacional nesse período, demonstrando que por vezes vivemos presos a obediência dos ditames dos sistemas. Na ocasião, fez uma analogia, comparando os profissionais ao elefante acorrentado por uma pequena corrente, e não percebe o tamanho e a força que tem.
No terceiro dia e último dia, foi abordado o tema Os Sistemas de Ensino no Estado Democrático de Direito: contribuições dos especialistas em educação, com o Professor Dr. João Monlevade – UNB.
Inicialmente trouxe um breve conceito de educação que definiu como um conjunto de processos com o que um grupo de pessoas se apropria da cultura da sociedade, sendo a educação indígena o primeiro modelo de educação. Depois apresentou o conceito de Inspeção Educacional, que é o zelo pelo processo educativo, quanto ao regimento e ao Projeto Político Pedagógico - PPP e o zelo, o cuidado para que a lei seja respeitada.
Finalizou com uma abordagem acerca dos processos educativos, desde a educação indígena aos dias atuais, tecendo uma crítica ao sistema que acabou com os cursos de Nível Médio Magistério. Para ele, “o professor alfabetizador era qualificado a partir do curso normal. Pedagogia é um curso necessário a sua formação, mas sem o magistério o professor não adquire o suporte necessário à alfabetização”.
De acordo com a Coordenadora de Inspeção e Normas, Aparecida de Cássia “o simpósio foi um diferencial para compreendermos que as ações de inspeção educacional acontecem, também, na garantia dos direitos dos estudantes e no cumprimento da legislação em vigor”.
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