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| Jovens do Projeto Criar na 11ª Bienal do Libro em Maceió (Foto: Jônatas Medeiros) |
Jovens em situação de vulnerabilidade social apresentam produtos em sua primeira participação na Bienal
Acolher e não punir. Esse é um dos lemas de um projeto social da cidade de Campo Alegre, que faz parte da Unidade de Acolhimento infantojuvenil Luiz Mariano Neto, o Projeto Criar. Ao acolher crianças e adolescentes, de 10 a 18 anos incompletos e estão em situação de vulnerabilidade social. Na ocasião, a equipe do Projeto participa pela primeira vez da Bienal Internacional do Livro de Alagoas apresentando produtos feitos por eles, como biscoitos e artesanato em madeira, por exemplo.
Segundo Ana Rocha, coordenadora da unidade de acolhimento infanto-juvenil e do Projeto Criar, os jovens são encaminhados pela rede de atenção à saúde da 5ª região para a unidade e, assim, recebem os cuidados necessários: “Durante a estadia desses meninos que são acolhidos por nós, eles recebem tratamento de saúde por até 6 meses, e temos dentro desse projeto terapêutico singular as oficinas de geração de renda, como de aprendizagem e de marcenaria e os biscoitinhos que estão fazendo um super sucesso aqui na Bienal”, comemorou a coordenadora.
Ela celebrou que é a primeira vez que eles participam de uma Bienal do Livro, apesar de já terem apresentado esse projeto em outros eventos por Alagoas e já tendo recebido feedbacks de fora do Estado também. “É uma experiência única, porque esses adolescentes jamais vão esquecer esse momento vivido aqui”, disse.
Um dos assistidos é o Jackson Gabriel, de 15 anos e 5 meses, participa do Criar e revelou sua alegria em ver suas peças expostas na Bienal. “É uma experiência nova que a gente tá vivenciando e tipo, é uma coisa muito incrível da gente ver que nós estamos ali se esforçando para fazer as peças, com todos os detalhes possível, tudo minimalista e aí chegar aqui vender é muito bom, realmente”, explicou o jovem artista.
Já Iasmin dos Santos, de 16 anos, que está no projeto a três meses, já é tida como uma mestra na arte de fazer biscoitos, iguaria que vem fazendo sucesso na Bienal. No começo, foi difícil se adaptar à nova rotina, às novas perspectivas que o Criar lhe apresentava.
“Eu achava muito ruim assim, sabe? Respeitar as novas regras, e o respeito de forma em geral, agora eu estou enxergando uma coisa que eu nunca enxerguei antes e estou achando muito interessante”, explicou ela, que é uma das mentes por trás do Delícias da Uai e fazendo parte dessa produção ela contou que está numa realidade que nunca presenciou, “Agora eu posso dizer que esse projeto está mudando minha vida bastante”, contou Iasmin.
Histórico do projeto
Projetos dessa natureza costumam promover uma mudança de vida positiva na vidas desses jovens, o que não é diferente no Criar. "Eles mesmos escolheram a logomarca do projeto e hoje eu posso te dizer que a gente tem uma taxa, de mais de 70% de mudanças de vidas dentro dos propósitos da unidade”, contou Ana Rocha.
Apesar de não ter um número fechado, Ana estimou que cerca de 200 jovens já passaram pelo projeto, que teve início em 2017, mas a unidade atende a jovens desde 2015 e vale ressaltar que a adesão ao projeto tem que ser voluntária e totalmente gratuita e mais, os produtos comercializados nas feiras, tem sua renda revertida parte para a manutenção do projeto e também repartida para os jovens que produzem os materiais.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

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