terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Prefeita Pauline Pereira participou de reunião sobre o financiamento da educação

A prefeita de Campo Alegre Pauline Pereira participou nesta segunda-feira 15, de uma reunião realizada na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) que iniciou o ano discutindo o financiamento da educação com a União dos Dirigentes da Educação em Alagoas, a rede PCR, técnicos, prefeitos e secretários municipais da pasta.

Com aumento de 6,81% do piso do Magistério para 2018, os prefeitos começam o ano preocupados com a escassez de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Professores de Educação. 

Para orientar e traçar soluções em conjunto, a grande orientação do técnico da AMA em Educação, Luiz Geraldo, é projetar custos e reestruturar os Planos de Cargos e Carreiras (PCC). 

“A educação tem sufocado o orçamento dos municípios. Muitos deles destinam 100% do Fundeb para a folha de pagamento. Professor é e sempre será o pilar, mas o aluno é o principal foco da educação”, afirmou o presidente da AMA, Hugo Wanderley. “Num futuro próximo podemos ter um colapso e não conseguir pagar nem a folha, a exemplo do que já vem acontecendo com outras cidades brasileira”, acrescentou o vice-presidente, Joaquim Beltrão.

O aumento salarial precisa ser analisado para não haver uma prática de improbidades e até uma diminuição da qualidade da educação no estado. Para o presidente da Undime, Marcelo Beltrão, é necessário reservar uma porcentagem do Fundeb para o fortalecimento da alfabetização. “O professor é o principal agente para a melhoria da alfabetização, mas é fazer outros investimentos. O ideal é que seja gasto entre 80 e 85% do Fundo com o piso e cerca de 15% apenas para investimentos”, afirmou Beltrão.

Com o reajuste, o valor do piso do magistério para 40h passa a ser de R$2.455,35. De 2010 a 2018, o salário dos professores teve um acréscimo de 135%, enquanto a inflação acumulada pelo IPC-A até 2017 foi de 63,48%. Uma diferença que dificulta a gestão municipal e acende o sinal vermelho para os prefeitos. “Com ajuda técnica fizemos uma comissão da nossa educação, tivemos ajuda do Estado, chegamos aos números e posteriormente um técnico da AMA fez um novo plano”, declarou a prefeita de Mar Vermelho, Juliana Almeida, que já conseguiu reestruturar seu PCC de acordo com o novo Piso.

Por sugestão do presidente Hugo Wanderley, até o carnaval, cada prefeito vai fazer um diagnóstico da situação municipal para descobrir quais são os pontos de estrangulamento. Após isso, a AMA e a Rede de Assistência Técnica para Elaboração ou Adequação dos Planos de Carreira e Remuneração (Rede PCR) vão se reunir para oferecer um encontro técnico individualizada para cada município. “Não existe um plano único para todos; é preciso criar de acordo com a realidade de cada local”, afirmou Luiz Geraldo.

“A discussão precisa ser feita em todos os municípios e os professores integrados nesse projeto, porque não existe qualidade no ensino sem a participação de todos”, finalizou o presidente da Undime, Marcelo Beltrão.
 

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