domingo, 19 de fevereiro de 2012

Postagem especial: CARTA PARA UMA MÃE

Querida mãe Campo Alegre

O nosso amor por você, filhos naturais e adotivos, vem do fundo do coração. Muitos de nós nascemos nas redondezas, em outras cidades ou em outros estados, mas também abriram os olhos aqui. Ao chegarmos, você nos abraçava sorrindo dizendo: “Sejam bem-vindos, a terra também é de vocês!”. Assim, numa só irmandade, crescemos e lhe fizemos crescer. Alguns saíram pelo mundo e nas férias voltam para visitá-la, receber o seu carinho, rever os irmãos ou ficar de vez.

O tempo passou mãe. Você cresceu muito, tornou-se importante, virou na décima economia do Estado e a décima em números de filhos: (50.853) naturais e adotivos. No entanto, ao esquecemos a nossa infância e juventude com você, novinha em folha, mostrando-nos os seus avanços, vimos muitas coisas boas e bonitas.

Vimos uma bela praça arborizada no centro, bem iluminada à noite, onde as moças desfilavam as suas melhores vestes chamando a atenção dos rapazes, e se paqueravam, se enamoravam, até se casavam. Vimos à chegada da luz elétrica, era o progresso; vimos às famílias chegando e se estabelecendo, criando raízes e formando dinastias, ajudando no seu desenvolvimento; vimos missas dominicais na Igreja de Bom Jesus dos Aflitos, onde as famílias se reuniam; vimos fazendas e sítios ao seu redor que se tornaram ruas e avenidas; vimos o vai-e-vem dos tropeiros com os seus cavalos nas feiras de domingo; vimos os armazéns dando lugar aos supermercados; a construção da nova estrada Arapiraca e Maceió; a loja de bugigangas do seu palmeirinha, a instalação da primeira igreja Evangélica; as belas festas de São João; os reisados e pastoris; as machinhas de carnaval animando o povo; vimos surgir lindas meninas, moças e mulheres, enfeitando o seu jardim; vimos o Dr. Olival trazer a Usina Porto Rico com milhares de empregos; vimos vereadores trabalhando de graça ou quase de graça por amor a você; vimos à chegada do Banco do Brasil para fomentar e alavancar a sua economia e os nossos jovens saindo para cursas faculdade lá fora, tornando-se doutores.

Vimos ainda mãe, os seus filhos mais ousados como: Zé Virginio, Adauto Vieira, João Fernandes Vieira, Zé de Souza, Zé Amabílio, Eraldo e outros lutando pela sua emancipação política, onde você era apenas o MOSQUITO. Tudo o que vimos mãe muito nos orgulha.

Hoje nos seus 51 anos de vida, bela e ainda jovem, estamos vendo coisas diferentes daquelas. Estamos vendo pessoas vendo pessoas de fora querendo invadi-la para tomar o seu poder, e dizem trazendo muito dinheiro para comprar as pessoas comuns e líderes políticos que você revelou; querem ainda trazer gente deles para levar o seu dinheiro e tirar os empregos dos seus filhos, acabarem com o comércio, a sua feira de sábado, achincalhar o seu maior patrimônio (funcionalismo público), desmoralizar o seu bom professorando achatando os salários e ainda de quebra, acabar com a sua autonomia e dignidade, transformando-lede distrito, vila ou povoado de Luziápolis, pertinho da casa deles. Pode não mãe.

Você tem filhos competentes para administrá-la, que lhe conhecem profundamente, gostam de você, moram com você, os nossos irmãos são inteligentes, sabem que não pode acontecer tamanha desmoralização e todos vão lutar. Por hoje é só mãe, com a sua benção e o apoio da SACCO – Soc. Dos Amigos Campoalegrenses Por Campo Alegre – VOCÊ TEM DONO!

Texto distribuído pelo amigo Messias do Banco.

2 comentários:

Joyce Roberta disse...

Sou obrigada a concordar plenamente com as idéias de Messias. Nós como cidadãos campolegrences temos o direito e o dever de interferirmos nas questões sociais -incluindo políticas- do município; somos filhos da mesma mãe e devemos nos unir com a intenção de proteger e cuidar da nossa terra. Porém, diante dos fatos, percebo eu que quem pode mudar esse quadro social somos nós, os filhos de Campo Alegre e claro, os de Luziápolis, afinal, somos maioria em razão aos de fora. Mas percebo que existem pessoas que não procuram ter um voto certeiro e correto, 'entregando de bandeja' nosso rico e belo município. Por isso, encerro meu comentário, pedindo encarecidamente aos cidadãos que podem votar -já que eu não posso- que não vivam de ilusões políticas momentâneas, votem sabendo do que fazem, para o bem de todos nós.

Joyce Roberta disse...

Joyce