
O tempo passou mãe. Você cresceu muito, tornou-se importante, virou na décima economia do Estado e a décima em números de filhos: (50.853) naturais e adotivos. No entanto, ao esquecemos a nossa infância e juventude com você, novinha em folha, mostrando-nos os seus avanços, vimos muitas coisas boas e bonitas.
Vimos uma bela praça arborizada no centro, bem iluminada à noite, onde as moças desfilavam as suas melhores vestes chamando a atenção dos rapazes, e se paqueravam, se enamoravam, até se casavam. Vimos à chegada da luz elétrica, era o progresso; vimos às famílias chegando e se estabelecendo, criando raízes e formando dinastias, ajudando no seu desenvolvimento; vimos missas dominicais na Igreja de Bom Jesus dos Aflitos, onde as famílias se reuniam; vimos fazendas e sítios ao seu redor que se tornaram ruas e avenidas; vimos o vai-e-vem dos tropeiros com os seus cavalos nas feiras de domingo; vimos os armazéns dando lugar aos supermercados; a construção da nova estrada Arapiraca e Maceió; a loja de bugigangas do seu palmeirinha, a instalação da primeira igreja Evangélica; as belas festas de São João; os reisados e pastoris; as machinhas de carnaval animando o povo; vimos surgir lindas meninas, moças e mulheres, enfeitando o seu jardim; vimos o Dr. Olival trazer a Usina Porto Rico com milhares de empregos; vimos vereadores trabalhando de graça ou quase de graça por amor a você; vimos à chegada do Banco do Brasil para fomentar e alavancar a sua economia e os nossos jovens saindo para cursas faculdade lá fora, tornando-se doutores.
Vimos ainda mãe, os seus filhos mais ousados como: Zé Virginio, Adauto Vieira, João Fernandes Vieira, Zé de Souza, Zé Amabílio, Eraldo e outros lutando pela sua emancipação política, onde você era apenas o MOSQUITO. Tudo o que vimos mãe muito nos orgulha.
Hoje nos seus 51 anos de vida, bela e ainda jovem, estamos vendo coisas diferentes daquelas. Estamos vendo pessoas vendo pessoas de fora querendo invadi-la para tomar o seu poder, e dizem trazendo muito dinheiro para comprar as pessoas comuns e líderes políticos que você revelou; querem ainda trazer gente deles para levar o seu dinheiro e tirar os empregos dos seus filhos, acabarem com o comércio, a sua feira de sábado, achincalhar o seu maior patrimônio (funcionalismo público), desmoralizar o seu bom professorando achatando os salários e ainda de quebra, acabar com a sua autonomia e dignidade, transformando-lede distrito, vila ou povoado de Luziápolis, pertinho da casa deles. Pode não mãe.
Você tem filhos competentes para administrá-la, que lhe conhecem profundamente, gostam de você, moram com você, os nossos irmãos são inteligentes, sabem que não pode acontecer tamanha desmoralização e todos vão lutar. Por hoje é só mãe, com a sua benção e o apoio da SACCO – Soc. Dos Amigos Campoalegrenses Por Campo Alegre – VOCÊ TEM DONO!
Texto distribuído pelo amigo Messias do Banco.
3 comentários:
Sou obrigada a concordar plenamente com as idéias de Messias, afinal, nós como cidadãos campolegrences temos o direito de expor nossas opiniões sob nossa terra e o dever de protegê-la; somos filhos da mesma mãe e devemos nos unir. Porém, acredito eu, que só cabe a todos nós escolhermos quem entra e quem sai, pois somos maioria diante dos fatos e pelo que percebo não são todas as pessoas que possuem um voto certeiro e correto. Por isso volto a afirmar que devemos nos unir e buscarmos melhorias para si mesmos e não vivermos sob ilusões políticas momentâneas, como andam ocorrendo as eleições do município.
Sou obrigada a concordar plenamente com as idéias de Messias. Nós como cidadãos campolegrences temos o direito e o dever de interferirmos nas questões sociais -incluindo políticas- do município; somos filhos da mesma mãe e devemos nos unir com a intenção de proteger e cuidar da nossa terra. Porém, diante dos fatos, percebo eu que quem pode mudar esse quadro social somos nós, os filhos de Campo Alegre e claro, os de Luziápolis, afinal, somos maioria em razão aos de fora. Mas percebo que existem pessoas que não procuram ter um voto certeiro e correto, 'entregando de bandeja' nosso rico e belo município. Por isso, encerro meu comentário, pedindo encarecidamente aos cidadãos que podem votar -já que eu não posso- que não vivam de ilusões políticas momentâneas, votem sabendo do que fazem, para o bem de todos nós.
Joyce
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