Pauline Pereira também questionou o governador sobre AL no topo do ranking da fome.
Em vídeos e textos divulgados nas redes sociais, Pauline Pereira, superintendente do Conisul (Consórcio Intermunicipal do Sul do Estado de Alagoas), ex-prefeita de Campo Alegre e ex-presidente da AMA, questionou o governador-tampão Paulo Dantas sobre alguns assuntos, entre eles o fato de Alagoas liderar o ranking nacional da fome no país.
“Estou aguardando o tampão se pronunciar e explicar o porquê desta situação triste. Mais uma vez Alagoas nas manchetes nacionais. Este é o melhor governo do país?”, perguntou Pauline, reforçando: “Queremos ouvir de quem é a culpa... Será do presidente (da República)? O mesmo que baixou os combustíveis e o tampão entrou na Justiça para não baixar?”.
A presidente do Conisul avaliou ainda que o fato de Alagoas liderar o ranking onde mais se passa fome no Brasil é reflexo também do mau uso dos recursos do Fundo Estadual de Combate à Extrema Pobreza (Fecoep).
Há anos a deputada estadual Jó Pereira, que é irmã de Pauline e candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Rodrigo Cunha, alerta sobre a ausência de planejamento e foco na destinação dos recursos do Fecoep, que não têm sido utilizados para sua real finalidade, e cobra a criação do Plano Estadual de Combate à Pobreza, fundamental para o mapeamento, planejamento e acompanhamento das políticas públicas de combate à extrema pobreza.
Em novembro do ano passado, durante uma audiência pública proposta por Jó, na Assembleia Legislativa, dados trazidos pela Secretaria da Fazenda mostraram que o Fecoep utiliza menos de 35% de sua arrecadação no combate à pobreza.
Pauline prosseguiu relatando que tem recebidos denúncias envolvendo a distribuição de cestas básicas adquiridas com recursos do Fecoep e pediu à Justiça Eleitoral que fiscalize essa distribuição. As denúncias, segundo ela, dão conta que o critério para a distribuição está sendo político, favorecendo aliados do governo estadual. “Em Campo Alegre, por exemplo, a última vez que a população recebeu cestas adquiridas pelo Estado foi em outubro de 2021”.
Maquiagem na saúde
Pauline Pereira também fez graves denúncias na área da saúde e afirmou que, ao contrário do que Dantas diz, a realidade do HGE continua sendo de filas e atendimento a pacientes nos corredores. “Estou indignada com a maquiagem que vocês tratam os alagoanos”, disse a ex-prefeita, citando o nome de uma paciente de 86 anos e da acompanhante dela, como testemunhas do caos que ainda persiste no hospital público.
Segundo a presidente do Conisul, após a divulgação das imagens da situação no HGE nessa semana, a equipe da saúde “cuidou de desocupar os corredores, colocando diversas macas dentro do auditório e abrindo enfermarias com banheiros entupidos, interditados, sem condições de uso, na tentativa de esconder a triste realidade”.
Ela também denunciou a falta de vagas nas UTIs, com filas virtuais que ultrapassam uma centena de pacientes; o acúmulo, há anos, de milhares de cirurgias de alta e média complexidade; e o uso eleitoreiro dos mutirões, nos quais o que vale é a indicação política e não a necessidade do paciente, para realização desses procedimentos.
Por fim, segundo a ex-prefeita, embora venha alardeando que as finanças públicas estão equilibradas, o governo do Estado não paga o Conisul e, consequentemente, os hospitais conveniados, acumulando dez meses de atrasos, uma dívida que ultrapassa R$ 15 milhões e compromete a saúde da população, com fechamento de leitos por falta de pagamento.
“Este não é o governo que queremos! Faça a sua análise e vejam se o atual e o ex-governo tiveram tempo suficiente para resolver toda esta situação”, finalizou.
Por 7Segundos
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