Na manhã desta quinta-feira 28, foi realizado o primeiro encontro LGBTQ+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando e mais) de Campo Alegre. O evento realizado no CESCA, marcou o início de uma serie de encontros visando debater politicas públicas de inclusão para a comunidade LGBTQ+ do município.
O evento foi promovido pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, em parceria com a Secretaria da Mulher, Juventude e Idoso, a Câmara Municipal de Vereadores, e com o suporte da Secretaria Estadual da Mulher e Direitos Humanos, por meio da Superintendência de Direitos Humanos e Igualdade Racial. O evento contou com o próprio público LGBT atuando na mobilização.
O encontro marcou o pontapé inicial na implementação da política LGBT no município, e teve como objetivo trazer a discussão sobre direitos e a política voltada ao público LGBT, proporcionar o diálogo entre gestão e público LGBT, contando com a participação destas pessoas na construção de um Plano de Ação voltado a esta política dentro do município, assim como, dá um suporte e viabilizar a organização do segmento.
O encontro contou inclusive com a presença do promotor de justiça Dr. Andreson Charles representante de Ministério Público no município e a prefeita Pauline Pereira que se prontificaram a atender as propostas do movimento no município.
Duas palestras nortearam o encontro. A primeira com o tema: Diálogo sobre Direitos Humanos, como base de toda ação pública (Princípios da Administração Pública), que foi ministrada pela palestrante Michele Tabosa.
A segunda palestra abordou o tema: Atendimento e conhecimento das Políticas Públicas LGBT do Estado e desafios para planejamento e ações continuadas, com a palestrante Maria Alcina (Cininha). Mestra pedagoga responsável pelas formações em diversidade sexuais e de gêneros nos espaços de gestão pública. Ambas as palestrantes atuam na Superintendência de Direitos Humanos e Igualdade Racial.
A proposta das profissionais do Estado foi embasar uma discussão em torno da política pública LGBT, através de leis, decretos, explicar o que se tem ofertado, para que com isso, o município se organize e busque implementar uma política pública em concordância, no sentido de assegurar a participação deste público neste momento de discussão e construção.
Após as palestra foi aberto um debate com sugestões e propostas, tanto do público, quanto da gestão, em busca de um melhor atendimento nos serviços e uma maior inclusão, destacando sempre o combate ao preconceito e discriminação, e trazendo a importância do respeito à diversidade.
Durante o debate inicial, sugeriu-se que, por ser uma discussão ampla e que precisa da participação de mais pessoas, tanto da rede quanto do público, pudéssemos organizar um outro momento, envolvendo mais pessoas, para terminar este Plano de ação que se iniciou.
O debate foi muito rico, com participação de muitas pessoas, muitas propostas, que serão organizadas e discutidas no segundo momento. A fala de cada pessoa, os destaques e principalmente a participação do público LGBT com seu ponto de vista e sua vivência enriqueceu bastante o momento.
Além da parte do debate e construção do Plano de Ação, profissionais da Promoção à Saúde destacaram a importância da proteção na relação sexual, citando a Campanha Dezembro Vermelho – Mês de Prevenção à AIDS e IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis); bem como falando sobre o Hospital da Mulher em Maceió, que está ofertando consultas e especialidades médicas para este público, e orientou onde procurar informações no município.
A organização do encontro já planeja a realização de um segundo momento para discussão das propostas e para finalizar o Plano de Ação, que pretende melhorar a oferta de serviços e estruturar a política pública voltada aos LGBTQ+.
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