O caso foi o primeiro Júri popular anulado na história de Campo Alegre.
O caso de homicídio que chocou os moradores de Luziápolis e de toda a região do município de Campo Alegre ganhou um novo capítulo. O julgamento do réu Diego Lopes dos Santos, acusado da morte do Ricardo da Silva Santos Filho, o Rick, ocorrida em 10 de dezembro de 2021, às margens da BR-101, após uma festa na cidade vizinha, Teotônio Vilela, será refeito após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O Caso
No dia do crime, Rick perdeu a vida em circunstâncias trágicas por motivo fútil, que mobilizou a população de Luziápolis. O acusado, Diego Lopes dos Santos, foi levado a júri popular, que o condenou a seis anos de prisão em regime semiaberto. A decisão, no entanto, gerou grande indignação entre familiares e amigos da vítima, que consideraram a pena branda diante da gravidade do crime.
Atuação do Ministério Público
Inconformado com o resultado, o promotor de Justiça de Campo Alegre, Dr. Andreson Charles Silva Chaves, recorreu da decisão, levando o caso às instâncias superiores. Segundo o promotor, a sentença não refletia a gravidade dos fatos e apresentava inconsistências que mereciam revisão. O recurso chegou até Brasília, onde o STJ (Superior Tribunal de Justiça) analisou o processo e anulou o júri popular, reconhecendo falhas que comprometeram a lisura do julgamento.
Conforme registros oficiais do processo nº 2684994/AL (2024/0245267-0), o caso foi autuado em 5 de julho de 2024 e ficou sob relatoria do ministro Joel Ilan Paciornik, da Quinta Turma. Em 23 de agosto, o processo foi concluso para decisão no gabinete do ministro, que reconheceu o pedido do Ministério Público, determinando a anulação do julgamento anterior.
Repercussão e Esperança por Justiça
A decisão reacendeu a esperança da família da vítima, que desde 2021 luta por justiça. “Foram anos de dor e de espera. A gente só quer que a verdade apareça e que a justiça seja feita”, relatou um familiar próximo de Rick, emocionado.
Amigos e moradores de Luziápolis também expressaram apoio à família, destacando que o caso se tornou um símbolo da busca por justiça e do papel fundamental do Ministério Público na defesa dos direitos da sociedade.
Novo Júri Marcado
Com a anulação confirmada, o novo júri popular foi marcado para o dia 19 de novembro, em Campo Alegre. A expectativa é grande, tanto por parte da família da vítima quanto da comunidade, que acompanha o desenrolar do processo desde o início.
O caso segue sendo um dos mais comentados da história recente de Campo Alegre, não apenas pela brutalidade do crime, mas também pela persistência de quem busca um desfecho justo e transparente.
Fonte: Superior Tribunal de Justiça (STJ) – Processo nº 2684994/AL
Relator: Ministro Joel Ilan Paciornik – Quinta Turma (Brasília)
Promotoria: Dr. Andreson Charles Silva (Campo Alegre - AL)
Com Rede Diário
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