Com uso de protocolos sanitários, a presidente da Associação dos
Municípios Alagoanos (AMA), prefeita Pauline Pereira, defende a reabertura
econômica de forma segura, gradativa e planejada considerando as
especificidades de cada setor. A curva epidemiológica será um parâmetro
fundamental para o avanço controlado em outras fases do isolamento
social, já que a adesão ao longo dos meses por parte da população não
foi a ideal. “São atitudes que não dependem apenas de gestores e, sim,
da conscientização da população, como o uso de máscaras”.
Pauline Pereira também defende que o auxílio emergencial oferecido
pelo Governo Federal precisa ser prorrogado por causa da redução, logo
nos primeiros meses, no faturamento da economia local. A ajuda
financeira representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas. “Se
for mantido, o auxílio irá ajudar na recuperação econômica.
As contas
públicas estão abaladas. Apesar da reposição financeira do FPM, ICMS e
ISS, comparada a 2019, elas não chegam a 40% das perdas financeiras que
os municípios tiveram nas receitas. Estamos priorizando as folhas de
pagamento em dia, fornecedores da saúde, porque, diante da situação de
calamidade, é o que podemos fazer para sair dessa crise”, disse.
Sobre a reabertura, a Presidente diz que os municípios vão seguir o
protocolo sanitário do Governo do Estado, que possui uma percepção geral
da situação em cada região, mas a falta de respiradores, medicação para
uso em UTI, um problema no Brasil inteiro, e leitos em hospitais
públicos ainda preocupa. O vírus chegou com força no interior e é
imprescindível que as autoridades sanitárias ofereçam segurança à
população nesse processo de reabertura. “Cada município possui uma
característica. Com a ampliação da proteção básica no interior, como a
abertura de leitos clínicos e vagas em UTI, temos a possibilidade de
retomar para não haver mais prejuízos econômicos, mais do que já
possuímos. Precisa ser gradual e, no momento que acontecer, tenha uma
estabilidade em todo Estado na curva, não apenas na capital”.
A colaboração é de todos e as pessoas também precisam estar
conscientes de seu papel. “Porque as prefeituras não tem equipes
suficientes para fiscalizar todas as recomendações exigidas nos
decretos”, finaliza a presidente.
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