Número de contratados pelo programa na Usina Porto Rico em Campo Alegre se aproxima de uma centena.
73km separam a Usina Porto Rico, localizada na cidade de Campo Alegre, do Campus Maceió do IFAL. Uma distância, que a depender do horário e do percurso, pode durar 1h30 minutos. Essa relação de tempo/espaço é cansativa para quem tem que enfrentá-la diariamente, mas para diversos alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), ela vem se transformando em um caminho de oportunidades para a entrada no mundo do trabalho, por meio do Programa Jovem Aprendiz.
É o caso da aluna do curso Técnico Subsequente de Química, Fernanda Batista, que após 4 meses e 18 dias, como Jovem Aprendiz, período em que pôde testar seus conhecimentos obtidos no Ifal, com atividades desenvolvidas em laboratório, foi contratada pela Usina, como safrista.
Apesar de sua breve trajetória, nesse tempo, Fernanda acompanhou as atividades na bancada de álcool, no período de entressafras, desde a coleta de amostras para consumo próprio, até a realização de análises laboratoriais gerais, como determinação do grau alcoólico (GL), acidez, pH e condutividade.
“Além disso, tive a oportunidade de acompanhar o controle de qualidade da cana-de-açúcar desde a etapa de pré-maturação, participando de determinações como bolo úmido, teor de sólidos solúveis (Brix) e teor de sacarose, glicose e frutose (Pol) do caldo”, enumera.
Após o início da safra, ela teve a oportunidade de atuar no acompanhamento e controle das impurezas minerais e vegetais. “Participei de treinamentos promovidos pela empresa, voltados ao aprimoramento técnico e à ampliação dos conhecimentos práticos relacionados ao processo industrial”, acrescenta.
Rotina tripla
Dividir-se entre trabalhar pela manhã e estudar no período noturno também virou uma rotina da também aluna do curso técnico subsequente de Química, Yasmin Ingrid. Ela começou seu contrato de Jovem Aprendiz no dia 1º de setembro, na mesma usina. Apesar de conciliar o trabalho em Campo Alegre, com os estudos no Campus Maceió e morar do município de São Miguel dos Campos, ela disse estar animada com essa nova etapa da vida.
“Eu trabalho no laboratório e lá eu auxilio nas bancadas, como a bancada do açúcar, da fabricação do PCTS [Pagamento de Cana por Teor de Sacarose], sempre com supervisão. As pessoas são sempre muito gentis e me deixam livre para que eu faça as coisas, contanto que eu faça corretamente”, comenta a aluna, que estuda das 19h às 22h, no Campus Maceió.
A coordenadora de gestão de pessoas da Usina Porto Rico Elaine Ferreira disse que o principal motivo que levou a Usina a firmar convênio com o Ifal foi a confiança na qualidade da formação oferecida pela instituição, na preparação técnica e comportamental dos jovens, o que garante que eles cheguem ao ambiente de trabalho mais preparados e com uma base sólida.
Elaine acredita que a parceria com o Ifal tem sido muito positiva, revelando-se uma oportunidade real de desenvolvimento para os jovens e, ao mesmo tempo, uma forma de fortalecer a responsabilidade social da empresa.
“É muito gratificante acompanhar o crescimento deles ao longo da jornada. Um exemplo que nos enche de orgulho é a história da Fernanda. Ela iniciou sua trajetória conosco como jovem aprendiz, no laboratório industrial, sempre demonstrando comprometimento, responsabilidade e interesse em aprender. Ao final do programa, seu desempenho foi tão positivo que tivemos a satisfação de recontratá-la em nosso quadro de colaboradores. Hoje, Fernanda continua crescendo profissionalmente e inspira outros jovens a acreditarem no seu potencial. Essa parceria tem nos mostrado que investir em jovens talentos é investir no futuro da nossa comunidade e da nossa empresa”, comentou a gestora.
Com ASCOM IFAL
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