sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que municípios da 5ª Região não têm registros de casos de Microcefalia

Estado discute zika vírus e microcefalia com gestores municipais de saúde 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta quinta-feira (03), uma assembleia extraordinária para apresentar os dados de Alagoas e orientar os secretários municipais de saúde sobre a intensificação do combate ao vetor, o Aedes aegypti. A secretária de saúde de Campo Alegre Tamiris dos Santos participou da reunião.

"O Ministério da Saúde confirmou: a arma de maior abordagem é o combate ao vetor", pronunciou a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska. Segundo a gestora, as estratégias a serem adotadas direcionam para dois eixos: continuar o combate ao mosquito Aedes aegypit por parte da gestão pública e do cidadão e intensificar o cuidado com a gestante e o recém-nascido devido aos casos de microcefalia.

"O combate ao vetor é a ação imediata", informou Wyszomirska. A secretária acrescentou que estudos estão sendo investigados – a exemplo do mosquito transgênico, vacinas e nanotecnologia –, mas ainda são iniciativas em longo prazo.

"A preocupação é que a situação se alastre. Por isso, adotamos o protocolo de Pernambuco e criamos um grupo técnico para efetivar um plano de ação voltado para atender as necessidades de saúde de Alagoas", acrescentou a secretária de Saúde.

Casos confirmados 

No período de janeiro até 30 de novembro de 2015, foram notificados 27.050 casos suspeitos de dengue, dos quais 14.518 foram confirmados. A circulação da febre chikungunya em Alagoas foi comprovada desde outubro de 2015 e, atualmente, são 49 casos confirmados, oriundos de Arapiraca, Batalha, Maceió e Major Isidoro. Neste último município, foi registrado o maior número de casos, com 43 confirmações. Já os casos confirmados de zika vírus somam 32 amostras de pacientes, oriundos de 12 municípios.

Os dados foram atualizados na última quarta-feira (02), conforme nota técnica emitida pela Sesau. Para a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Cristina Rocha, “a manutenção dos cuidados para evitar a proliferação do mosquito continua sendo a estratégia mais efetiva”.

A eliminação dos criadouros, proteção dos depósitos de água, apoio ao trabalho dos agentes de endemias, realização de mutirões de limpeza e denúncia de imóveis que podem abrigar focos do mosquito são algumas iniciativas locais que podem ajudar a reduzir e eliminar o vetor.

 “Desde janeiro, a Sesau vem intensificando o trabalho junto aos municípios, por meio do monitoramento rápido do trabalho de campo e de uma força-tarefa para as cidades, com aumento no índice de infestação e número de casos”, esclareceu Cristina Rocha.

Ocorrência da microcefalia 

A recomendação do Ministério da Saúde é que, a partir do dia 19 de novembro de 2015, a ocorrência de casos de microcefalia deveriam ser registradas em formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP).

Dessa forma, em Alagoas, foram registrados 70 casos suspeitos de microcefalia, sendo, destes, 64 casos em recém-nascidos e seis casos intrauterinos, oriundos de 31 municípios alagoanos. Com os três casos notificados antes de o MS decretar situação de emergência nacional, ao todo, foram registrados 73 casos de microcefalia em 2015.

Os municípios com maior número de casos suspeitos em recém-nascidos são Maceió (11), Delmiro Gouveia (7), Santana do Ipanema (6) e São José da Tapera (5). Já os casos intrauterinos suspeitos foram registrados em Arapiraca (2), Porto Calvo (2), Girau do Ponciano (1) e Canapi (1). Nenhum município da 5ª região tem registros de casos de microcefalia.

Segundo Cristina Rocha, a situação dos estados da Região Nordeste referentes aos casos suspeitos de microcefalia, divulgada pelo Ministério da Saúde, coloca Alagoas na quarta posição, com 73 casos suspeitos. Pernambuco lidera o número com 646 casos suspeitos, seguido de Paraíba (248) e Sergipe (77).

Com Agência Alagoas

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