Município de Campo Alegre será um dos municípios contemplados
Uma empresa de mineração canadense, a Atlantica Mining, tem estudado nos últimos dois anos o solo da região Agreste de Alagoas e já desenvolveu três projetos nos municípios de Campo Grande, Campo Alegre e Major Izidiro. Até o momento, aproximadamente R$ 5 milhões foram investidos em pesquisas e o resultado foi apresentado nesta quinta-feira (12) pelos executivos ao governador Teotonio Vilela Filho e ao secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.
De acordo com o presidente da Atlantica, Renato Gomes, a qualidade do minério de ferro de Alagoas é propícia para expandir o trabalho. Diante disso, eles firmaram uma aliança com a empresa indiana, Fomento Resources, indicando o Nordeste, em especial o Estado de Alagoas, para receber um novo investimento. A Fomento Ressources é uma das cinco maiores de mineração da Índia com foco no minério de ferro e vai fazer o aporte financeiro, viabilizando projetos.
"Alagoas ganha mais um investimento de grande porte na área de mineração de ferro, o que capacitará o Estado a gerar mais emprego e desenvolvimento na região do Agreste. O nosso governo agradece a confiança e se coloca como parceiro para ajudar no que for possível. Já sinto um clima de avanço e prospecção desse projeto, que tem tudo para dar certo", disse o governador Teotonio Vilela Filho.
O diretor executivo da Fomento e representante dos acionistas do grupo, Anuj Timblo, explicou que apesar de atuar há 60 anos no mercado indiano é a primeira vez que eles estão investido em outro país. “Somos especialistas em trabalhar com minérios de ferro que possuem um teor abaixo de 40% e encontramos no Estado um minério com teor de 30%, o qual vai ser processado até 60%, que é o que o mercado consome. Posso afirmar que Alagoas é um lugar especial para nós”, disse o diretor executivo da Fomento, Anuj Timblo.
“Temos experiência com empresas de mineração porque a Mineradora Vale Verde, que já está construindo sua planta no município de Craíbas, passou quase seis anos estudando o solo e fazendo pesquisas. Depois de tudo, cerca de US$ 500 milhões estão sendo investidos pela empresa e eu acredito que com esse grupo não será diferente. A logística do Estado e as políticas de incentivo compensam qualquer investimento”, garantiu Luiz Otavio Gomes.
As jazidas de ferro, que possuem um grande potencial econômico verificado pelos engenheiros de minas e geólogos que fizeram os estudos, ainda passarão por vários processos e nos próximos 18 meses serão aportados mais US$ 5 milhões para uma campanha de sondagem mais intensa.
Com relação a quanto será investido na planta, os executivos afirmaram que esse valor será proporcional à matéria-prima. “Precisamos verificar qual o retorno financeiro que teremos com a matéria-prima alagoana. Vários processos serão realizados para agregar valor ao minério, como a pelotização. Definiremos isso durante a fase de estudos”, disse o presidente Renato Gomes.
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