O Estado de Alagoas vem enfrentando sérias dificuldades em relação aos serviços da saúde pública, em especial no tocante a regulação de leitos.
Tornou-se cotidiano falarmos acerca da morosidade da liberação de leitos e isso inclui as diversas especialidades médicas. Pacientes admitidos em hospitais de urgência e emergência tem sofrido com a espera para avaliação da cirurgia vascular, cardiologia, oncologia e, em especial, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A Unidade Mista Senador Arnon de Melo, no município de Campo Alegre, que dispõe de área de estabilização de pacientes graves, conhecida como Área Vermelha, tem frequentemente necessitado encaminhar pacientes entubados por mais de 24h, enquanto esperam por liberação de vagas de UTI, através da Regulação Estadual.
Nesta segunda-feira 01 de agosto, o Transporte Aeromédico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, foi acionado para transferir paciente do sexo feminino, 55 anos, residente no município de Junqueiro, para o Hospital Regional do Norte, no município de Porto Calvo.
A paciente foi admitida no hospital de Campo Alegre no dia 27 de Julho, regulada dia 30 Julho às 10h da manhã, teve vaga liberada dia 31 de Julho às 16:39h. A equipe do SAMU realizou a transferência as 10:40h desta segunda-feira 01. Uma espera de quatro dias para conseguir um leito.
As duas cidades tem cerca de 220 km de distância, tendo tempo previsto de aproximadamente 3 horas de deslocamento, inviabilizando as opções terrestres de encaminhamento e comprometendo o acolhimento e acesso dos familiares às informações e aos seus entes.
No município mais próximo São Miguel dos Campos, recentemente foi noticiado o fechamento de leitos da Santa Casa de Misericórdia, por atraso de repasses do Governo de Alagoas para o serviço de Saúde. O estado também está com atraso no repasse de recursos para o CONISUL.
A transferência de pacientes para o hospital da região Norte ainda causa outros transtornos, como a dificuldade para as famílias realizar visitas, despesas com hospedagens para evitar as longas viagens, alimentação, etc.
As perguntas que ficam nos fazem refletir: de que forma os alagoanos estão sendo cuidados pela saúde pública? Como os familiares têm recebido informações sobre os mesmos?
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