O projeto, patrocinado pelo SESI Alagoas, percorrerá 20 municípios do interior do Estado. Também haverá oficinas de animação e palestras temáticas. Tudo de graça.
Uma forma lúdica e eficaz de resgatar a história das salas de exibição das cidades do interior do Brasil e, ao mesmo tempo, promover a inclusão social por meio do cinema. Esse é o roteiro do Cine Sesi, que desde 2002 democratiza o acesso à sétima arte pelo país. Só em Alagoas, o projeto já esteve em 87 cidades e atingiu um público de mais de 900 mil pessoas, em 11 edições.
No município de Campo Alegre o Cine Sesi estará no período de 09 à 11 de Março, com exibição de filmes gratuitos na Praça Padre Cícero no centro da cidade.
Totalmente gratuito, o projeto já percorreu mais de 700 cidades e atingiu um público de mais de cinco milhões de pessoas em todo o Brasil. Gente que, na sua grande maioria, nunca tinha visto cinema na vida. A mostra itinerante desbrava as estradas dos estados brasileiros levando projeções de qualidade a céu aberto para regiões interioranas que não têm mais, ou nunca tiveram salas de exibição. “Em muitas dessas cidades, as novas gerações sequer viram o cinema funcionando. Quando nasceram, as salas já haviam se transformado em igrejas, academias de ginástica ou supermercados. O projeto resgata o vínculo dessas localidades com seus antigos cinemas”, diz Lina Rosa Vieira, curadora do Cine Sesi, iniciativa que em 2018 entra na sua 17ª edição e 16 anos de atividade.
O Cine SESI dá preferência a pequenos municípios, e as exibições – em telão de altíssima definição e som no mesmo padrão, acontecem sempre em local de grande circulação. No final de semana, a produção prepara um espaço todo especial, com cadeiras, tapete vermelho e, claro, pipoca quentinha. Tudo de graça. Alguns moradores privilegiados se dão ao luxo de assistir aos filmes da calçada de casa.
Lina Rosa aponta que outro foco importante do projeto são os alunos da rede pública. “Há um trabalho junto às escolas para que a ida ao cinema ao ar livre se transforme numa aula de campo”, diz. “Para ser trabalhada em sala de aula de modo multidisciplinar, o que acontece por meio de um manual pedagógico sugerido pelo projeto, focado em um dos longas exibidos”, complementa.
O Cine SESI também se destaca pelo cuidado com a acessibilidade. As pessoas com deficiência auditiva são contempladas por legendas nos longas-metragens; enquanto voluntários para fazer audiodescrição também estarão disponíveis para atender pessoas com deficiência visual que forem ao cinema. O acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de mobilidade também é facilitado.
FILMES
Além das animações produzidas pelos alunos das oficinas de Alagoas, a programação de 2018 conta com os curtas-metragens “Até o Sol Raiá”, de Fernando Jorge e Leandro Amorim; e “Salu e o Cavalo Marinho”, de Marcos Buccini e Cecilia da Fonte. Os longas-metragens “O Menino no Espelho”, de Guilherme Fiuza Zenha; “O Filho Eterno”, de Paulo Machline; e a animação da Disney “Zootopia”, dos diretores Rich Moore e Byron Howard também estão no roteiro da telona do Cine Sesi.
O MENINO NO ESPELHO
O longa-metragem é baseado no livro homônimo de Fernando Sabino. A direção é de Guilherme Fiúza Zenha, autor do livro Meu Nome Não é Johnny. O protagonista é interpretado por Lino Facioli. Aos 10 anos, Fernando está cansado de fazer as tarefas chatas da vida. Seu sonho era ter clone, para que ele pudesse aproveitar o lado bom da vida, enquanto seu sósia cuidasse das tarefas. Um dia, é exatamente isto que acontece, quando o reflexo de Fernando deixa o espelho e ganha vida. O elenco ainda conta com Giovanna Rispoli, Mateus Solano, Regiane Alves, Ricardo Blat, Gisele Fróes, Laura Neiva, Murilo Quirino, Ravi Hood, Murilo Quirino e Ravi Hood.
O FILHO ETERNO
O casal Roberto (Marcos Veras) e Cláudia (Débora Falabella) aguarda ansiosamente pela chegada de seu primeiro bebê. Roberto, que é escritor, vê a chegada do filho com esperança e como um ponto de partida para uma mudança completa de vida. Mas toda a áurea de alegria dos pais é transformada em incerteza e medo com a descoberta de que Fabrício, o bebê, tem Síndrome de Down. A insatisfação e a vergonha tomam conta do pai, que terá de enfrentar muitos desafios para encontrar o verdadeiro significado da paternidade.
ZOOTOPIA
Judy Hopps é a pequena coelha de uma fazenda isolada, filha de agricultores que plantam cenouras há décadas. Mas ela tem sonhos maiores: pretende se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde todas as espécies de animais convivem em harmonia, na intenção de se tornar a primeira coelha policial. Judy enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, mas conta com a ajuda inesperada da raposa Nick Wilde, conhecida por sua malícia e suas infrações. A inesperada dupla se dedica à busca de um animal desaparecido, descobrindo uma conspiração que afeta toda a cidade.
CURTAS
ATÉ O SOL RAIÁ
Até o Sol Raiá, de Fernando Jorge, Leanndro Amorim, é um conto de fantasia e de celebração ao imaginário nordestino. Personagens criados por um artesão em barro ganham vida própria e agitam uma pacata vila sertaneja numa noite de festa. Animado em 3D, o curta-metragem funde a tradição do artesanato em barro com o cangaço, numa referência a dois ícones da cultura do Nordeste.
GUIDA
Produção de 2015, o drama tem direção de Ricardo Machado e Rosana Urbes, com roteiro de Bruno H. Castro, Rosana Urbes, Thiago Minamisawa. Guida, uma doce senhora que há 30 anos trabalha no fórum da cidade, tem sua rotina entediante modificada ao se deparar com um anúncio para aulas de modelo-vivo em um centro cultural.
SALU E O CAVALO MARINHO
O filme, de Marcos Buccini e Cecilia da Fonte, conta a história de Mestre Salustiano. Um dos artistas populares mais famosos do Brasil. Filho do rabequeiro João Salustiano, Salu logo cedo sonha em participar de um grupo de Cavalo Marinho, folia típica da região onde mora.
Maiores informações no site: www.cinesesi.com.br
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