terça-feira, 7 de novembro de 2017

Consórcios articulam com governo e MP para agilizar fechamento dos lixões

Nesta segunda-feira (6), presidentes de consórcios para gestão de resíduos sólidos reuniram-se com o governador Renan Filho para dar andamento ao processo de finalização dos lixões. Ao todo 38 municípios conseguiram encerrar seus lixões e este momento os prefeitos estão empenhados em encerrar as atividades nos demais. A prefeita Pauline Pereira, presidente do CONISUL participou do encontro.

A articulação entre Ministério Público de Alagoas (MP-AL), por meio do procurador-geral Alfredo Gaspar de Mendonça, municípios e Estado está discutindo a melhor forma de resolver essa situação, cumprindo a lei em um curto prazo. No período da manhã, os prefeitos e superintendentes dos Consórcios de Resíduos Sólidos se reuniram na AMA para avaliar as particularidades de cada município.

“Cada região tem um caso diferente para o envio dos resíduos a suas estações de tratamento. Os consórcios estão juntos analisando as dificuldades de cada local para achar uma solução em conjunto com o Estado. Alagoas, que já está à frente no tratamento de resíduos, vai montar uma força tarefa para melhorar ainda mais”, ressaltou o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos, Hugo Wanderley.

Nos últimos anos a gestão municipal de resíduos sólidos em Alagoas apresentou avanços, em relação às obrigações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), apesar das dificuldades financeiras que os municípios atravessam.

O governador Renan Filho garantiu que o assunto é de interesse do Estado e também vai fazer parte do processo de investimento para finalizar os lixões. “O Estado está disponível para colaborar e ajudar a reduzir os custos dos municípios, provavelmente com doação de maquinários”, afirmou o governador ao enfatizar que a educação ambiental precisa ser o carro chefe dos prefeitos.

“Se vamos pagar por quilo do lixo, a educação ambiental é importante também na questão financeira. Hoje, de um 1kg de resíduos sólidos, metade é material orgânico que não deve ser encaminhado para aterro sanitário, ou estações de tratamento”, concluiu.

Ao encerrar os lixões, Alagoas é um dos cinco estados com maior avanço na destinação adequada do lixo desde 2015. A informação é do Ranking de Competitividade, um estudo nacional que analisa eficácia na gestão da qualidade de políticas públicas.

O Estado teve salto de 7.8 para 51.7 entre os anos de 2015 a 2017 no indicador de destinação de resíduos, contabilizando aumento de mais de 600%. O estudo, produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), é considerado o mais completo do Brasil, e avalia anualmente os 26 estados e Distrito Federal em 10 pilares da gestão pública que são formados por um conjunto de indicadores. Além do bom desempenho na destinação do resíduo, Alagoas foi uma das nove federações que tiveram melhorias em 2017 se comparado ao ano anterior.

Além do presidente da AMA, estavam presentes os presidentes e superintendentes dos Consórcios de Resíduos Sólidos do Estado, diversos prefeitos e o Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Alexandre Ayres, que colocou sua pasta a disposição dos prefeitos para trabalhar em conjunto.

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