sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Em Campo Alegre, ONG faz inclusão de crianças e adolescentes

Com pouco dinheiro, projeto precisa de doações

Erik Maximiliano da Silva tem 40 anos, é graduado em Educação Física e professor na rede municipal de ensino em Campo Alegre, cidade do interior de Alagoas. No município, sua terra natal, ele usa o tempo livre na coordenação dos trabalhos de uma Organização Não Governamental (ONG), o projeto Fênix, criado em 2011, e que garante a crianças e adolescentes o acesso à prática de esportes e a cursos de artes. Tudo de graça.

De segunda a sábado, a ONG recebe meninos e meninas, a maioria de baixa renda, em um pequeno espaço, no Centro de Campo Alegre. Ali, são ofertadas aulas de judô, pintura e dança. O futebol também está na grade de atividades, mas os jovens jogadores praticam o esporte no ginásio de uma escola pública local e em um campo aberto porque a sede da ONG não possui área adequada. Todas as aulas são ministradas por voluntários e por Erik.

Marcos Antônio é um dos professores do projeto Fênix. Ele também é graduado em Educação Física, atleta e já foi campeão brasileiro de judô. “No começo tínhamos só dez alunos. Hoje, são 80. Avisei a Erik que o ideal seriam somente 30 alunos nas aulas de judô, mas sempre aparece mais um pedindo para entrar”, explica. Além de judoca, Marcos trabalha em uma academia, em Maceió e em escolas de Porto das Pedras.  Da ONG, é voluntário.

As aulas de pintura são frequentadas por 16 alunos, já a dança possui 30 crianças e adolescentes e 40 estão nas aulas de futebol. Thiago Silva, de 13 anos, frequenta as aulas de judô e futebol e vai à escola regularmente onde tem registrado boas notas. Ele foi à ONG depois de ver os amigos indo. “Vim conhecer e entrei”, diz. Quando perguntamos o que a mãe dele acha, ele ri e responde de pronto: “ela me manda vir para cá para não ficar na rua”.

A proposta da ONG é justamente preencher o tempo dos alunos e evitar que fiquem expostos aos riscos das ruas, como as drogas e a violência, além de preparar os jovens para competições. Nas aulas, eles também aprendem sobre disciplina, estudam esportes e artes e ainda são cobrados para irem bem na escola.

Em Campo Alegre, a ONG já foi reconhecida como organização de utilidade pública, embora não receba ajuda financeira de órgãos públicos. “Não quero misturar o trabalho social com política”, explica o coordenador.

O projeto recebe ajuda da empresa Popular Alimentos, de Arapiraca, e de alguns profissionais liberais, mas falta dinheiro já que os recursos em caixa não cobrem todas as despesas. “Para a compra de quimonos, Marcos conseguiu um desconto”, diz.

A meta da ONG agora é construir sua própria sede. “Queremos comprar um terreno e, depois, pretendo pegar um empréstimo no banco para construir, também pretendo fazer uma campanha “Doe um tijolo” para erguer o nosso centro”, explica.

Erik avisa que quem tiver interesse em doar pode fazê-lo por meio de depósito na conta da ONG, na Caixa Econômica Federal: Agência 4639; Conta Corrente: 021-3; Operação 003.

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